Exame de Ordem x concursos públicos: como conciliar

Os veículos de comunicação estão sempre alardeando que o índice de aprovação no Exame de habilitação da Ordem dos Advogados do Brasil é ínfimo. Uns dizem que a responsabilidade é do MEC, por causa da proliferação de faculdades sem condições adequadas de funcionamento.Outros dizem que o alunado vai estudar Direito sem vocação para a profissão, pensando em enriquecimento rápido. Como resposta, a OAB criou um mecanismo de controle de qualidade, por meio da avaliação dos futuros profissionais.

Muitos criticam os meios que a OAB utiliza para o Exame: com provas cheias de armadilhas, que nada estão relacionadas com o exercício profissional. Outros alegam a inconstitucionalidade da prova, tendo a matéria, sido objeto de diversas ações judiciais.

Apesar desse panorama, a prova é uma realidade que precisa ser encarada pelo futuro advogado. É o primeiro rito de passagem para a profissão propriamente dita.

Muitos se sentem duvidosos a respeito de como estudar para o referido exame. Sim, porque há necessidade de um preparo especial para essa prova. Salvo algumas exceções, as faculdades, em sua maioria, não têm como formar esses profissionais capacitados para a prova no tempo hábil de que dispõem. Afinal, o curso de Direito tem a peculiaridade de ser muito amplo na aquisição de conhecimentos e por exigir maturação dos mesmos. Além disso, as matérias são muito dinâmicas, o que faz a legislação mudar constantemente.

Eu fiz o 29º Exame de Ordem no Rio de Janeiro, ocasião em que as provas eram feitas de forma regionalizada. A minha prova da 1ª fase teve 70 questões, considerando-se apto para a 2ª fase quem conseguisse atingir o mínimo de 35 acertos. Na outra fase, fazíamos questões discursivas e uma peça processual na área escolhida. Na ocasião, não havia a opção ainda por Direito Constitucional, mas havia Direito Admnistrativo, a qual escolhi por ter muita afinidade com a matéria. Ambas as etapas foram difíceis e, naquela época, já tínhamos notícias de reprovações em massa. Apesar de tal prognóstico, fui aprovada.

O que posso dizer é: para estudar para essas provas, é necessário procurar pensar como advogado. Na primeira fase, nota-se que muitas das questões são resolvidas em confronto com o texto legal. A técnica é a nossa conhecida decoreba! Sim, a temida memorização dos textos de lei, súmulas.

Segundo o concurseiro e, agora advogado, que foi entrevistado pelos colunistas do Concurseiro Solitário, Luciano Alciprete estudar para OAB é muito semelhante à estudar para concursos. Para ele, quem está no dilema “estudo para OAB ou concurso, diria para estudar para concurso, desde que o edital abranja as matérias correlacionadas”. Isso porque sua técnica de ler a lei seca se revelou muito eficaz.

Como o concurseiro constatou, muito do que se estuda para essas provas serve como base para concursos jurídicos. Afinal, o CESPE elabora muitas dessas provas. Por essa razão, é necessário muito treino nas provas objetivas e nas discursivas. O modus operandi é simples: estudo da lei, das súmulas e das obras jurídicas. Não há muito segredo e todos os concurseiros sérios sabem como fazer. Quanto ao preparo para a próximidade da prova, há algumas peculiaridades a serem observadas.

Assim como um concurso em especial, você precisa se focar no seu objetivo, certo? Por isso, existe a opção de pegar as provas da sua Seccional para resolver em casa, do jeito tradicional. Com muito treinamento, você consegue captar o que o CESPE e a OAB buscam em você, futuro advogado.

Contudo, existem obras especializadas para auxiliar os concurseiros que precisa de uma ajuda plus, a exemplo das que serão resenhadas por nós.

Resumo da Ópera - Estudar para a OAB tem tudo haver com estudar para concursos. Só na reta final devemos dar um direcionamento para o Exame. De resto, o conselho é não ter medo e estudar com afinco.

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